sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A televisão é o meu caixão a minha máquina sem tempo agora reduzida a plasma onde as figuras se reduzem a caveiras de tal maneira que ontem num enorme plasma vejo imagens dos nossos conselheiros de estado reunidos à volta do nosso país eternamente cadáver e todos eles me parecem animadores felizes desse monstro que é o capital reduzido à autojustificação e sorriem como se estivessem a ser pagos para fazerem o favor de serem felizes e com soluções para os últimos dias do humanismo com rosto humano numa casa de repouso que é Europa que foi submetida a uma operação de seis horas onde foi instalada uma banda gástrica para poder continuar a admitir na sua alcova os sapos lusos espanhois e gregos que bonito seria vê-los a acenarem com a bandeira nacional para os abutres que sobrevoam o meu cérebro dentro de um crânio de video