sábado, 26 de setembro de 2009

os últimos dias de campanha eleitoral têm sido cheios de arruadas à volta de página em branco é sempre a mesma coisa de quatro em quatro anos pequenos médios e grandes partidos desfazem-se em artificial silêncio ensurdecedor para fazerem valer a sua incapacidade de lidar com o real sem lá meter o culto de personalidade e o da autoridade e toda uma crise da condição humana entre a raiva impotente e a revolta do retorno absoluto de um mundo melhor para os nossos filhos e netos
do alto do meu estado moribundo mas crítico continuo a lutar contra esse grande irmão bicho hoje com vinte máscaras que toma decisões de importância vital para cada mais pessoas esfaimadas da sua liberdade individual e bem de pensar mete dó observá-los parecem crianças- soldado agarrados ao poder e sempre a mendigar por mais para depois nos ferrarem até à morte a nossa dignidade de cidadãos da liberdade e da democracia sem nunca admitir a culpa dos suas decisões assassinas
talvez uma pequena falha humana mas nunca a culpa que vai toda para esse "alto funcionário" Caim que no outro dia me visitou em sonhos pensando eu que vinha anunciar-me o fim da história pela enésima vez ou que iria dar à luz pela enésima centésima sexagésima sexta vez o anticristo seu pai e violador
mas não estava apenas com a mania de perseguição e de todos os efeitos secundários duma contra-psicanalise pós-moderna que tinha medo de andar à noite na cidade pois podia ser enrabado pelos filhos e netos desta sociedade sem principios nem valores comecei por não acreditar no que estava a sonhar e enrolei-lhe a algália no pescoço e fui surpreendido pela sua força demoníaca que se não fosse Nobel a socorrer-me deste banho de suores frios negros e fecais estariam todos a lamentar o meu desaparecimento e o vazio eterno que isso provocará na democracia crítica

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